domingo, 17 de junho de 2012

‘É preciso tirar do papel‘

POR LARISSA RANGEL 

A Fundação Getúlio Vargas deixou as estatísticas de lado neste sábado, 16, para receber o evento  “Cruz Verde retorna ao Rio: desenvolvendo um futuro sustentável para o planeta e suas pessoas". Vinte anos depois da criação da Green Cross, os fundadores da Ong e representantes políticos se reuniram para discutir o quadro crônico em que se encontra o meio ambiente.

O painel Environmental Emergencies and Sustainable Development (“Emergências ambientais e desenvolvimento sustentável”) não atraiu somente a atenção de ativistas, políticos, estudiosos e jornalistas. Adolescentes de todo o mundo, pertencentes ao grupo de embaixadores da Ong, tiveram o dever de avaliar as propostas apresentadas no papel de cidadãos do futuro. A avaliação geral dos jovens, porém, foi a de que ainda há muito a ser feito e de forma rápida.

Segundo Miriam Vilela, diretora executiva da Earth Charter Initiative, a estrutura multilateral do mundo não precisa ser como um time egoísta,“Nós não estamos ouvindo uns aos outros. Precisamos achar pontos em comum”, criticou. “Mais do que assinar papeis, é preciso cumprir promessas.”

Para garantir a compreensão de todos, um intérprete de libras, a língua de sinais, garantiu a tradução simultânea de todo o evento. E foi justamente Marco, um adolescente com deficiência auditiva quem relembrou a necessidade de se pensar na inclusão da sociedade em todos os níveis na discussão sobre sustentabilidade. “O objetivo dessa conferência deve ser pensar projetos que saiam do papel, que façam parte do cotidiano das pessoas”, defendeu.
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