terça-feira, 8 de maio de 2012

Enem como democratização do ensino

No dia 26 de abril, o Conselho Universitário da UFRJ (Consuni) decidiu manter exclusivamente a prova do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e o Sistema de Seleção Unificado (Sisu) para o ingresso nos cursos de graduação da universidade até 2014. De acordo com a resolução divulgada nesta segunda-feira, 7 de maio, considerou-se “a necessidade de consolidar os mecanismos de democratização do acesso ao ensino superior e as ações afirmativas voltadas para a valorização da escola pública e o apoio a jovens em situação de insuficiência de renda”.

Segundo o relatório da Comissão de Acompanhamento do Acesso aos Cursos de Graduação, mais de 80% dos estudantes que entraram na UFRJ no primeiro semestre de 2011 aprovados pelo Enem vieram do sistema particular de ensino. Com base no vestibular realizado em 2010, quando a UFRJ dedicava 60% de suas vagas para o Enem e os outros 40% pelo próprio concurso, o estudo questiona o Enem por não cumprir o objetivo de democratizar o acesso ao ensino superior. Por meio de dados comparativos, o presidente da Comissão de Acesso Sérgio Guedes ressaltou que o acesso da UFRJ ainda traz mais alunos da rede pública do que o do Sisu.

A Comissão defende a volta do sistema de seleção adotado no vestibular de 2009, quando o Enem era usado apenas como uma primeira fase eliminatória. A segunda fase era a prova discursiva da própria instituição que classificaria o candidato. Apesar do movimento de professores para a volta do tradicional vestibular da faculdade, a proposta esbarra diretamente na liberação de recursos do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).


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