quinta-feira, 14 de junho de 2012

Para pesquisador, potências têm perfil conservador

POR LARISSA RANGEL

No lançamento da publicação Rio 92, para onde foi? Rio+20, para onde vai?, chegou-se a um consenso de que as mudanças ao longo dos últimos 20 anos ocorreram a passos lentos.   O encontro, organizado pela WWF Brasil, ocorreu nesta quarta-feira, dia 13, mas atrasou uma hora devido ao engarrafamento na Barra da Tijuca. A lentidão no trânsito foi causada principalmente pela abertura oficial da Rio+20, que contou com a presença da presidente Dilma Roussef e da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Eduardo Viola, professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília,  acredita que as potências mundiais ainda têm um perfil muito conservador em relação à sustentabilidade, como é o caso da Índia e da Rússia. Para ele, se não houver um  esforço por parte da maioria dos países, a conferência será uma cerimônia de declarações genéricas e convenções.

Da esquerda: Maria Cecilia Brito, Juliana Nunes, Eduardo Viola,
Claudio Maretti,Flavio Perri e Roberto Troya

Ao relembrar a Conferência de Estocolmo de 1972, que abriu a discussão mundial em torno dos problemas ambientais, Roberto Troya  e Maria Cecília Wey de Brito concordaram que a pressão sobre a Rio 92 foi maior do que a de hoje, com a Rio+20. “Havia maior demanda de respostas por parte da sociedade mundial”, apontou Troya. Segundo eles, no contexto do fim da  Guerra Fria, todos precisavam saber o que seria da humanidade frente às ameaças da época.

Por outro lado, a diretora de sustentabilidade da Unilever, Juliana Nunes, defendeu que as empresas já estão pensando em medidas que viabilizem a vida no planeta. Como exemplo, ela citou  a assinatura de um  acordo sobre gerenciamento de resíduos, feito por sua própria empresa. O embaixador Flávio Perri, por sua vez, também afirmou ser importante a elaboração de um índice capaz de medir o avanço das ações. Ele acredita que houve transformações significativas “O tratado sobre mudanças climáticas e a Agenda 21 são provas de que a conferência passada teve resultados positivos”, avaliou.


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