quarta-feira, 20 de junho de 2012

Painel discute os direitos femininos

POR NATHÁLIA JUSTO

O fim da discriminação e da repressão às mulheres foi a principal revindicação proposta no painel “Mulher, mídia e bens comuns”, no último dia do II Fórum Mundial de Mídia Livre. María Cianci, da Associação Latino-Americana de Educação Radiofônica, reclamou a ausência dos homens no painel e questionou os paradigmas da sociedade em relação ao gênero sexual. ”Os homens sabem de política e as mulheres, de compras. Não queremos que a mulher apareça para dar sua opinião apenas para cumprir a cota democrática."

Da esquerda: Jacira Melo, Maria Pía Matta, Lottie Spady,
María Cianci, Soraya Misleh e Rita Freire.

Para Maria Pía Matta, da Associação Mundial de Rádios Comunitárias, a discriminação sofrida pela mulher ainda é muito presente. “Temos direito a uma vida digna, à liberdade sexual e reprodutiva, o que ainda não é bem compreendido pela sociedade em geral”, afirmou Maria, que considera os espaços de discussão fundamentais para a apresentação e troca de experiências. Rita Freire, da Ciranda, sugeriu ainda que as propostas fossem encaminhadas à assembleia da Cúpula dos Povos.

Soraya Misleh, do Instituto de Cultura Árabe e também colaboradora da Ciranda, lembrou a repressão imposta às mulheres árabes. “Elas sofrem com o sentimento de inferioridade desde muito antes das europeias e americanas. Elas vêm suportando isso ao longo de muito tempo”, apontou. Apesar da diversidade, ela ainda afirmou que a mídia divulga uma imagem singular da mulher árabe. “São mentiras construídas historicamente que a mídia mantém.”
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