segunda-feira, 18 de junho de 2012

FMML aponta avanço na Argentina e atraso na Turquia

POR NATHÁLIA JUSTO

Ao completar 50 anos, o marco regulatório brasileiro foi considerado arcaico pelos comunicadores presentes no II Fórum Mundial de Mídia Livre, que aconteceu neste último sábado (16), na UFRJ. Nelsy Lizarazo, da Associação Latino-Americana de Educação Radiofônica, afirmou que a democratização da comunicação não é somente uma questão política. “Há uma diversidade de discursos que precisam de visibilidade. A comunicação é um direito de todos”, enfatizou.

Da esquerda: Rita Casaro, Nelsy Lizarazo, João Brant,
Magali Yakin, Yilmaz Orkan e Carolina de Assis
João Brant, do coletivo Intervozes, fez duras críticas às violações impostas ao direito de comunicação. “Percebemos essas violações quando mulheres, negros e rádios comunitárias não possuem voz ou quando uma programação midiática é centrada no eixo Rio-São Paulo. A Internet ainda é cara, lenta e para poucos”, apontou. “Precisamos levantar a bandeira da liberdade de expressão.”

A jornalista Magali Ricciardi Yakin contou que, na Argentina, a presidente Cristina Kirchner promulgou em 2009 a Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, justificada pela necessidade de modernização e a atualização do marco regulatório que regia o setor de radiodifusão. Já o pesquisador Yilmaz Orkan explicou a situação dos curdos, que sofrem repressão e violência na Turquia. O país nega ao povo o direito à comunicação. Recentemente, cerca de 60 jornalistas curdos foram assassinados e o diretor do jornal Livre e Atual foi condenado a mais de 140 anos de prisão. Como alternativa, os curdos abriram uma rede de TV na Dinamarca, porém a Turquia acionou a Otan e conseguiu bloquear a recepção dos sinais do canal no país.
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