Considerando a responsabilidade mútua - e não unilateral - entre empresas e sociedade na questão ambiental, Roberta Giannini ressaltou o dever do consumidor de exigir sustentabilidade das companhias. Junto a outras estudiosas, ela compôs a mesa “Eco-consumo: o meio ambiente como mercadoria” no primeiro dia do Rizoma Verde. O evento aconteceu na tarde desta terça-feira no auditório do CFCH.
De acordo com a palestrante Ana Asti, fundadora e vice-presidente da ONG Onda Solidária, o tripé da sustentabilidade se baseia nos lados social, ambiental e econômico. “O Comércio Justo e Solidário nasceu de um movimento político de combate à injustiça. Prega a preservação do meio ambiente e a valorização da mão de obra na cadeia produtiva”, explicou Ana, que vê esse tipo de comércio como forma de sustentabilidade.
Da esquerda: Polita Golçalves, Roberta Giannini, Gabriela Machado e Ana Asti (Foto de Yago Barbosa) |
Roberta Giannini, pesquisadora junto a Philip Kolter, considerado o maior especialista na prática do marketing pelo Management Centre Europe, não escondeu sua vontade de sair do senso comum. “Minha pretensão aqui é quebrar paradigmas. Não é verdade que o Marketing cria necessidades. Na realidade, ele desenvolve as que estão latentes no mercado. Marketing, do inglês, nada mais é do que uma ação de mercado que evidencia uma tendência.”
A questão ambiental foi tratada pelas palestrantes como uma responsabilidade da empresa e do consumidor. “A empresa que tende a ser mais sustentável acaba fidelizando o cliente e, por estar em um nicho, foge do mercado saturado. Cabe ao consumidor ser educado a demandar a questão ambiental das empresas e assumir o papel que tem na sociedade”, finalizou Roberta.
Confira o vídeo recomendado pelas palestrantes: