quinta-feira, 24 de maio de 2012

Palestrantes ressaltam a importância do consumidor para a sustentabilidade

POR FLÁVIA AGUIAR

Considerando a responsabilidade mútua - e não unilateral - entre empresas e sociedade na questão ambiental, Roberta Giannini ressaltou o dever do consumidor de exigir sustentabilidade das companhias. Junto a outras estudiosas, ela compôs a mesa “Eco-consumo: o meio ambiente como mercadoria” no primeiro dia do Rizoma Verde. O evento aconteceu na tarde desta terça-feira no auditório do CFCH.

De acordo com a palestrante Ana Asti, fundadora e vice-presidente da ONG Onda Solidária, o tripé da sustentabilidade se baseia nos lados social, ambiental e econômico. “O Comércio Justo e Solidário nasceu de um movimento político de combate à injustiça. Prega a preservação do meio ambiente e a valorização da mão de obra na cadeia produtiva”, explicou Ana, que vê esse tipo de comércio como forma de sustentabilidade.

Da esquerda: Polita Golçalves, Roberta Giannini, Gabriela Machado e Ana Asti
(Foto de Yago Barbosa)

Gabriela Machado, representante do Instituto E, realçou o fundamento ecológico como um produto vendável. Deu como exemplo a parceria do Instituto com a marca Osklen para evidenciar a possibilidade de se elaborar produtos com matérias primas sustentáveis, que vão desde o algodão orgânico e reciclável à malha pet. Segundo ela, a organização e a empresa também se uniram para fazer um levantamento das emissões de carbono e os impactos socioambientais da produção têxtil. “A ideia é criar uma cultura de consumo consciente”, concluiu.

Roberta Giannini, pesquisadora junto a Philip Kolter, considerado o maior especialista na prática do marketing pelo Management Centre Europe, não escondeu sua vontade de sair do senso comum. “Minha pretensão aqui é quebrar paradigmas. Não é verdade que o Marketing cria necessidades. Na realidade, ele desenvolve as que estão latentes no mercado. Marketing, do inglês, nada mais é do que uma ação de mercado que evidencia uma tendência.”

A questão ambiental foi tratada pelas palestrantes como uma responsabilidade da empresa e do consumidor. “A empresa que tende a ser mais sustentável acaba fidelizando o cliente e, por estar em um nicho, foge do mercado saturado. Cabe ao consumidor ser educado a demandar a questão ambiental das empresas e assumir o papel que tem na sociedade”, finalizou Roberta.


Confira o vídeo recomendado pelas palestrantes:

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